Apesar de ser um dos principais projetos do Programa Fome Zero, do ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, o Projeto de Cisternas não foi uma iniciativa do governo, mas da sociedade civil organizada.![](http://www.moderna.com.br/moderna/didaticos/projeto/2006/1/imagem/007_tema1bim.jpg)
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Projeto Cisternas do Programa Fome Zero. Os grandes períodos de
estiagem no Nordeste podem ter seus problemas amenizados por meio de
cisternas, reservatórios que captam e armazenam a água das chuvas.
Iconografia Moderna
Iconografia Moderna
Nos últimos três anos, o Brasil conseguiu construir mais de 100 mil cisternas, capazes de armazenar cerca de 1,5 bilhão de litros de água, na região em que ela mais faz falta, o semi-árido brasileiro, na região Nordeste.
A idéia é simples: coletar a água da chuva depois que cai nos telhados e armazená-la em grandes caixas de água feitas de cimento para usar no período da seca. A meta dos brasileiros envolvidos nesse projeto é construir 1 milhão de cisternas até o ano de 2010.
Ele foi concebido pela Articulação no Semi-Árido (ASA), uma união de 700 instituições não-governamentais, criada em 1999. O primeiro parceiro da ASA a fornecer o dinheiro para a construção de cisternas foi a Federação Brasileira de Bancos, a Febraban e as primeiras cisternas foram feitas em 2000. A partir de então, novos parceiros foram surgindo.
O programa 1 Milhão de Cisternas faz parte do Programa de Formação e Mobilização Social para Convivência com o Semi-Árido da ASA. A entidade espera atingir a meta até julho de 2008.
Cada cisterna custa em média R$ 1.500,00 (material, agentes, treinamento etc), mas esse valor deverá diminuir com o tempo. O custo final do projeto é calculado em R$ 1 bilhão.A construção de caixas de água semi-enterradas no solo (como as cisternas), para armazenar água no período de chuvas e utilizar na seca, é uma das melhores formas de atender às famílias que vivem em regiões secas.
O Semi-Árido brasileiro abrange uma área de 868 mil km 2, que vai do norte dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo até o sertão nordestino (Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí) e sudeste do Maranhão.
Segundo a Febraban, estima-se que vivam aproximadamente 8 milhões de pessoas na área rural dessa região, o que a torna o semi-árido mais populoso do mundo.
Nessa região chove em média 700 a 750 milímetros por ano e a maior parte dessa água se perde por evaporação. A solução mais antiga utilizada — a construção de açudes — ajuda, mas não é a ideal: dispersas em casas na imensidão do agreste, as pessoas perdem horas caminhando para conseguir chegar até a água.
Como a maior parte da água do açude se evapora, no final do estio o que sobra é uma água lamacenta, que é disputada por pessoas e animais, e que, por isso, transmite inúmeras doenças.
Armazenada numa caixa fechada no quintal da família, a água quase não evapora. Os próprios moradores cuidam dela e podem mantê-la limpa. Segundo a Febraban, com apenas 200 mm de chuva por ano é possível garantir água suficiente, para beber e cozinhar, a uma família de cinco pessoas.
A Federação dos Bancos enumera as vantagens: em uma única comunidade da Bahia, 100% dos habitantes possuíam verminose e, depois da instalação de cisternas o número de contaminados caiu para 7%.
Além disso, cada família economiza, em média, 2 horas de caminhada; passa a não depender tanto de caminhões pipa do governo; e pode até criar alguns animais e cultivar alimentos. Outra vantagem: a água da chuva não contém sais e não saliniza o solo.
O projeto também serve para conscientizar a população quanto a problemas de higiene e saúde, meio ambiente e cidadania.
fonte de pesquisa:http://www.moderna.com.br
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